Vie Privée

Je veux
Que vous sachiez
Je veux
Vivre ensemble avec toi

Je veux
Choisir quel film regarder
Ou le thé pour boire
En le dimanche

Simple chose
Simple vie

Ingênua

Sempre fui ingênua
A ponto de achar
Que eu era exclusiva

Pensava que tínhamos
Até uma música
Mas você disse
Que nunca lembrou de mim assim

Cuide Dele

Sinto falta
De quando éramos
Eu e você

Agora
Você se foi
E junto contigo
Levou o meu amor

A-do-le-tá

Você me perguntou
O que eu queria de ti
Eu não sabia

Já sou indecisa
Para questões simples
Como escolher entre:
Bolo ou torta?

Imagina optar
Uma de várias opções
Sobre o que desejo de ti:
Seu amor ou seu corpo?

Diálogos na Cama IV

- Sabe, sinto falta disso...

- Sente falta do que exatamente?

- Disso. Estar deitada assim, com seu braço me envolvendo e eu estar em seu peito, sabe?

- E isto? Você sente falta?

E ele me beijou.

Meu Presente pela Manhã

Acordei naquela manhã ensolarada de domingo, sem muita esperança. Eu estava pronta para desistir e deixar o dia passar como qualquer outro, que na verdade, era realmente um dia qualquer visto pelos olhos de outra pessoa.

Era meu aniversário.

Me levantei e informei para minha mãe que não iria mais, que teria outras oportunidades e para ela não se preocupar. Ainda lembrei que eu já estaria indo sozinha, já iria ser caótico, só por ir sozinha e ser a única, em meio àquela multidão.

Minha mãe deu a certeza que se ninguém fosse, ela iria por mim. Fomos de carro. O centro da cidade estava completamente vazio. Eram 07h45. A maior parte das ruas possuíam bloqueios e desvios, dando sugestões para onde os carros deveriam ir.

Desci do carro, arrumei minha blusa de gola rolê e fui ao encontro do show, daquela cantora de olhos claros, que boa parte das músicas faz você se sentir pensativo ou triste demais, por se encaixar na situação da música, que era o meu caso.

Ao chegar, fiquei encima de um degrau para que pudesse visualizar melhor dali. Estava perfeito, dava para assistir muito bem. Com a minha mãe me abraçando, por cima. Ouvi cada música, voltei no tempo tantas vezes, que cheguei a perder a conta.

Até que começou aquela música.
Sim, aquela mesma.

Todo mundo ficou em um silêncio ensurdecedor para ouvir a intro. Enquanto isso, lágrimas rolaram do meu rosto naquele mesmo minuto, foi tão automático. Eu não conseguia me controlar, cantava baixo, falava cada palavra em meio ao choro.

O pior é que eu sentia você.
Você estava bem ali, na primeira fileira, próximo a grade, ouvindo a música junto comigo. Tudo ficou em slow motion ao imaginar a cena. Eu sabia, certamente, que estava no meio de toda aquela gente. Apenas queria que soubesse que eu também estava presente.

Eu me presenteei neste dia com esse espetáculo, e ao mesmo tempo, com a sua companhia.

Nós Mesmos

O corpo
São as grades da alma
É um muro
Que impossibilita sua liberdade

Diálogos no Metrô I

- O que foi ?
- Não, nada não !

E ela estava realmente distraída, perdida um pouco, mas não por qualquer coisa. Sim, ela se desencontrou em seus olhos castanhos, muito profundos e mais escuros do que toda a escuridão que ela já viu na vida. Ela ouviu murmúrios ao fundo, misturado com a cantoria da voz dele. Era como ter 14 anos ainda, ingênua, completamente apaixonada por detalhes.

Diálogos na Cama III

- Por que você se submete a isso ?
- Porque... Eu ainda... Sinto algo por ti.

Can You Call Me ?

Essa ligação
Que sempre espero
Você nunca retorna

Resolvi ir atrás de ti
Mas obtenho esse resultado
Toda vez

Eu ligo para o seu coração
Mas o mesmo
Sempre se encontra na caixa postal
Ou fora da área de serviço

Linhas da Vida

Eu estava costurando
Fazendo tudo em crochê
Mas parece que ficou uma linha
Você a puxou e tudo se desfez

Tenho tanto trabalho
Mas tudo vai em vão
Isso me lembra nosso amor
Que foi uma completa ilusão