sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Rendez-vous

Você fez o que ninguém jamais havia feito.

Em meus sonhos, antes mesmo de você me levar para dançar, eu já bailava contigo ao som das mais diversas músicas que gostamos.

Enquanto eu movia o meu corpo conforme as batidas da música, entre os flashes e a sutil mangueira de LED que percorria todo o local, os meus olhos sempre voltava para os seus.

Cada vez que te vejo, é um capítulo de filme diferente, daqueles cults, que assistimos nos canais de TV paga.

Você, sempre sorridente e contagiante com a sua energia. E ainda, era melhor que o DJ presente, pois além de saber o ano, o álbum e quem cantava determinada música, sabia se ornava com o tema da festa ou não.

De repente, quando o clima musical mudou e ficou mais tranquilo, você me colocou contra a parede e me beijou lentamente, como se estivesse seguindo os acordes daquela canção.

Após se afastar um pouco, você olhou para mim e sorriu sem mostrar os dentes, daquele jeito que só você sabe fazer, que até os seus olhos e suas sobrancelhas sorriem junto. Se aproximou novamente ao meu ouvido direito e disse:

- Eu estou apaixonada por você. Muito apaixonado por você, menina!

A minha reação foi a mais rápida que tive naquele momento, eu gostaria de dizer que já te amava, mas não sabia se podia, se você gostava nessa intensidade, então, resolvi abraçá-lo fortemente.

Quando assisti o filme espanhol "Requisitos para Ser Uma Pessoa Normal", o irmão Alex da protagonista Maria de Las Montañas, pergunta o porquê que sua irmã queria ser normal, já que ele não queria. Ele explica para a irmã que depois de muito tempo descobre como que é saber que alguém gosta de você. E ele afirma que é como David, o Gnomo; quando está com quem gosta, você sente-se sete vezes mais forte.

E é assim como eu me sinto quando estou contigo.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Romance

Ouço Los Hermanos e me espelho nas palavras do vocalista.
Pois quem me vê, escrevendo no jornal da faculdade, sabe pelo meu olhar e trejeitos, que eu te encontrei.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

It's You

Sentei naquelas cadeiras azul ciano, no mesmo lugar, da mesma estação em que estive contigo. Lembro dos trens que passaram e não queríamos ir embora. Eu não queria largar da sua mão, do seu abraço e nem deixar os seus lábios.
Imagino a cena novamente em minha mente. Eu não quero que ela vá, como esses trens na minha frente se vão.
Quero que fique.
Quero que permaneça.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Courage

Eu dizia ter coragem
mas descobri
que não estou pronta
para receber as
piores notícias
vindas de teus
lábios

Rejection

"Não é que eu não posso, eu não quero"

Rejeição
foi o que pensei
naquele momento

Nunca senti tanto
durante um período
de dias

Quando você
voltou ao meu quarto
pensei que tivesse
mudado de ideia

Engano meu

Retorno

Eu me dei
a você
todos os dias
sempre que pude

Com a maior
das vontades
sempre aguardei
que retornasse

Para depois
ouvir "não"
em troca

Keys

Eu abri minhas portas
para te receber
esperei que seria
recíproco

Mas quando precisei
na primeira vez
vi as portas fechadas

E nem as chaves
eu tive
em minhas mãos

It's simple

If you noticed that I'm sad...
Why don't you ask me about the reason?

Dreamland

Você nem sonha, nem deve passar pela sua cabeça, quantas noites fiquei em claro, por ficar pensando em nós.
Ainda permaneço pensando.
São tantas lágrimas, que perco a vontade de dormir, pois tenho medo de não te encontrar em meus sonhos também.
Então, prefiro sonhar acordada, pois posso controlar tudo do jeito que eu sempre quis.
Chego a perder o fôlego, por não conseguir respirar.
Você não enxerga que eu te amo?

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Yesterday

É péssimo...

Escrevo essas linhas de dentro de um transporte público, pois até isso me lembra você. Já que ele era o pivô entre a gente, responsável por nos deixar próximos um do outro, mesmo que a distância fosse imensa.

Ao voltar para casa, percebi que andei pela cidade inteira de São Paulo segurando a sua mão. Tudo me lembra você: momentos felizes, conversas aleatórias e nossas brincadeiras.
Até mesmo uma simples coluna de concreto na estação República. Porque eu lembro do beijo que me roubou ali e recordo também que te deixei na ponta da escada rolante, pois costuma pegar o trem da linha amarela para trabalhar.

Apenas ontem, tive a impressão de te ver três vezes por entre as pessoas. Uma hora de moletom cinza e cabelo amarrado, encostado em um pilar, enquanto olhava o celular; mais tarde, de boné e moletom, bem na subida da escada rolante da minha estação; e outrora, conversando com um moço simpático da vendinha onde almocei, que dizia sentir falta da terra sergipana e ainda achei engraçado, pois ele revelou que o prédio, situado logo em frente ao estabelecimento, morava a filha do Jô Soares. Eu não moro por ali, mas também não sei se é verdade.

É difícil pensar que não terá ninguém me esperando do outro lado da catraca, nem do outro lado do colchão nas noites mais frias, ou do outro lado da porta ao ouvir a campainha, e muito menos, do outro lado do telefone, quando eu tentar te chamar.

Quando eu mais precisei de você, que eu tive que, literalmente, gritar para ter a sua atenção sobre os problemas que estavam acontecendo, você não ficou, você não me consolou, você não disse "Conta comigo, vai ficar tudo bem". Você resolveu que não estava pronto, que era melhor pegar as suas coisas e ir embora de vez.

Mas não fez da melhor forma, creio que um dia há de reconhecer tal atitude.
Pois no outro dia pela manhã, eu achei que seria um novo dia, um novo motivo, uma nova chance de fazer com calma... E não, não foi assim.

Apesar de eu notar as coisas, às vezes, não percebo as entrelinhas.
Você já estava a quilômetros da minhas residência em espírito, enquanto seu corpo jazia ali ao meu lado.

"As pessoas são diferentes, possuem percepções diferentes. O que não dói para você, pode ser profundo para mim", foi o que eu te disse. É tudo questão de colocar-se no ponto de vista do outro, por mais que ache impossível, tentar imaginar como eu devo estar encarando tal situação.

Eu tinha a certeza que o nosso amor era tão forte quanto um bambu, pois envergava com o mais forte dos ventos e não quebrava. Assim como comparava o amor entre os seus pais. Todavia, me dei conta que, certas horas, era tão frágil quanto uma simples linha da lã mais sensível.

É difícil estar em luto, em um dia chuvoso e cinzento como o que acontece, durante o inverno na cidade de pedra.

Mais difícil ainda é passar diversas coisas durante o meu dia e ver que o meu cérebro está acostumado. Eu mesma penso "Quando eu chegar em casa, irei contar o que aconteceu, ele vai gostar, foi tão bacana!".

Não, você não irá.

sábado, 28 de julho de 2018

Desfocado

Eu estava sem os meus óculos quando te levei à porta.
Você se despediu e foi andando, pois ninguém vive apenas do ar que respira.
Não sei se você acabou ouvindo, mas eu abri o portão para te ver.
Gosto de olhar você indo, até o final da rua, até onde eu posso te enxergar.
Assim como as outras vezes, eu vou vendo a forma do seu corpo se desfazendo, perdendo o foco, até o momento em que parece uma linha preta em meio as outras formas, que tento destinguir.

sábado, 21 de julho de 2018

Noites

Chorei
no quarto
ao lado do seu

Temi
você ouvir
os meus suspiros

Gritei
em silêncio
pedindo por ti

Aguardei
até adormecer
você retornar
dizendo que mudou de ideia.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Fire Walk With Me

Antigamente, eu ateava fogo pelas minhas entranhas, passava horas fazendo isso.
Não tinha medo do perigo, muito menos da morte.
Mas de repente, deixei o vício de lado.
Para você ser o responsável em atear fogo em mim.

Carinho

Recordo todas as vezes que você passou sua mão em meu rosto, me acariciando. Sempre fecho os olhos para sentir melhor.
Agora mesmo, enquanto escrevo, se eu fecho os meus olhos, ainda posso sentir sua mão descer lentamente, de maneira doce.
Deus sabe quantas vezes eu me perco entre as minhas memórias, revivendo momentos, pois não posso vivenciá-los diariamente.
Todas as noites, tenho esperanças. Te aguardo para que venha de encontro com os meus braços.

Sleep

I just want to sleep in your arms
Wake up by your side
And kiss your neck

Feel your fingers through
my hair
Before I sleep

Hearing you telling the stories
about your life

Listening to the music
on the radio.

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Take me out tonight

Recomendo que leia ouvindo uma mini playlist, composta por três músicas: “The Night We Met”, de Lord Huron; “Broken”, do Jake Bugg; e “I Get Overwhelmed”, de Dark Rooms. Todas pertencem ao gênero Indie, que não faz o gosto da maioria das pessoas, eu entendo.

 A primeira música mexe comigo de uma forma que eu apenas visualizo nós dois em minha memória. E a segunda, recordo de estar na mesa de jantar tomando café da manhã contigo e essa música iniciou-se, logo perto do refrão, você disse “eu amo você”. Já a terceira faz parte da trilha sonora de “A Ghost Story”, um filme melancólico com pouquíssimos diálogos, mas muito profundo, quando assisti eu fiquei imaginando se aconteceria aquilo comigo, caso eu morresse primeiro que você.

Eu lembro quando saímos pela primeira vez, nós fomos tomar um café, em um local muito aconchegante, em um subsolo bem discreto, iluminado pela abertura da escada e algumas luminárias.
Enquanto o meu frappuccino estava gelado, eu me questionava quando é que me aninharia em seus braços para que eu pudesse me aquecer. Eu estava muito nervosa. Por dentro, eu tremia com receio de fazer ou dizer algo, que minha chance contigo fosse por água abaixo.

Quando estávamos sentados nas poltronas de couro marrom, havia um pequeno holofote da iluminação, logo acima da sua cabeça e era exatamente como eu te vejo até hoje, sempre como o meu maior astro, a minha celebridade.

Não me recordo como eu pisquei e já estava em seus lábios, mas você me puxou para si e quase perdi minha dignidade em meio àqueles estranhos, pois estava te beijando como se o amanhã não existisse, a saia do meu vestido subia conforme eu entrava no seu abraço. Resolvemos retirar os nossos óculos, pois não enxergávamos mais nada através das lentes.

Ficamos por horas conversando, contando nossas histórias e experiências durante a vida, eu não queria que aquela noite chegasse ao fim, perdemos até a hora de irmos embora.

No caminho para a estação, recordo que seu All Star preto, de cano alto, havia desamarrado e pediu um instante para que ajeitasse. Você agachou e eu notei que é um tanto perfeccionista, já que seu cadarço estava extremamente alinhado. Fiquei me questionando quantas veria essa cena novamente, poder te admirar, enquanto faz o ato simples de amarrar os cadarços do próprio par de tênis.

Quando estávamos voltando para as nossas respectivas casas, ao descer a longa escada rolante, olhei para você de costas, logo na minha frente, pensei rápido ao ver sua mão e resolvi segurá-la. Jamais quero soltá-la.

Antes de adentrarmos no nosso trem, nos beijamos encostados em uma das pilastras da estação, perto dos pôsteres. Enquanto o trem passava, as pessoas entravam e saíam, você olhou nos meus olhos, como avistasse a minha alma apaixonada e disse:

“Quando nos veremos novamente?”


Jamais alguém me disse isso.

Coisas do meu coração

Pode parecer meio clichê, quando eu falo que "não vivo mais sem você", mas essa é a única maneira que acho simples de falar o que estou sentindo, sem que eu me perca nas palavras ou na vergonha de abrir o meu coração.

Todas as horas tornaram-se as melhores, já é difícil para escolher qual eu prefiro.

Eu acordo com facilidade pela manhã, você sabe muito bem. Eu abro os olhos, olho para o meu lado e você está lá, normalmente, com suas costas nua descoberta, porque não gosta do calor do cobertor , diferente de mim. Está deitado de lado, virado para a claridade da janela, que já admitiu te incomodar.

Dificilmente você ronca. É comum te ouvir ranger os dentes, acredito que o estresse deve ser o responsável. Você me contou que tem a mania de chacoalhar os pés para pegar no sono, como uma criança que espera a mãe balançar o berço para que adormeça, mas já percebi que isso virou um cacoete, pois você movimenta-se mesmo aparentando estar dormindo.

Nunca te contei, acho. Mas quando vejo que acordou, finjo que estou ainda dormindo, gosto de sentir você me abraçando ou me puxando para mais perto, permitindo que eu deite no seu peito, como de costume. 


quarta-feira, 27 de junho de 2018

O caminho foi tão difícil quanto chegar aos seus braços

Eu lembro daquele dia... Prometi que iria na sua confraternização, veria você apresentar aquele trabalho. Aquele mesmo, que você dizia estar ocupado fazendo-o, sendo que nem sempre encontrava-se com os seus amigos para desenvolvê-lo. O mesmo projeto que você me tratava, principalmente na frente dos seus amigos, como se eu não existia.

Não recordo direito o horário que desci na estação, mas você não me aguardava para irmos juntos. Eu prometi que conseguiria chegar ao local sem ter a sua ajuda.

Estava chovendo muito forte.

Eu desci as escadas escorregadias e dei de cara com uma avenida enorme. Carros iam e vinham sem parar. Eu estava realmente perdida.

Tinha um mapa no meu celular, porém não era muito confiável, pois após parar pela terceira vez em uma loja de materiais para construção, o moço me informou que esse caminho era perigoso para uma moça como eu. Fui indicada a fazer outro.

Andei por ruas, avenidas, vi gramados enormes no meio do nada, subi ruas, passei por um local que parecia uma reserva ambiental. E descobri, finalmente, que estava próxima.

- Cadê você?
- Eu estou chegando, acho que me perdi.
- Ah, tá. Que demora!
- Desculpa, eu não tenho dinheiro para pegar o ônibus, por isso resolvi tentar vir a pé.
- Tá, falta muito?
- Não, é sério.

A escola assemelhava-se àqueles colégios americanos, dignos de filmes para adolescentes. Tinha um estacionamento para os alunos e professores, um pátio de cimento que ia até os olhos não alcançarem mais. E, por fim, avistei o prédio, ainda não tinha te visto.

Pensei que estaria me aguardando, em um daqueles bancos que ficavam nos cantos ou até mesmo na portaria, mas nada. Passou isso pela minha cabeça, já que tinha me ligado alguns minutos antes, depois de uma hora e meia de atraso.

Fiquei com vergonha por um momento, não sei o motivo. Sentei em um dos bancos, estava começando a garoar novamente. Peguei a minha bolsa e fingi que estava distraída, procurando algo. Resolvi ligá-lo, ver se ele podia me buscar, não é pedir muito.

- Alô?
- Oi, fala.
- Pode vir me buscar? Estou em uma daqueles bancos de cimento, aqui na frente.
- Mas eu não posso sair, se vira, entra aí.
- Eu não conheço nada da sua cidade, muito menos da sua escola. Vem, por favor...
- Tá, já tô indo.

Após um tempo, vejo ele vindo até a mim. Eu me odiei muito, tinha vontade de ir embora, mas não tinha coragem de largá-lo, mesmo ele me tratando de tal maneira. Abracei-o e tentei beijá-lo, porém já fazia algum tempo, em que ele estava indiferente e não dava atenção. Ele permaneceu duro, como se fosse um manequim. E continuou daquela maneira para pior...

Eu gostaria de ter um momento de colegial, como nos filmes.
Mas nem nessa hora, eu tive essa oportunidade.

domingo, 24 de junho de 2018

Diálogos I

Enquanto me auxiliava, ele disse:

- Queria ser essa tatuagem na sua pele.
- Nunca ouvi algo tão profundo.

sábado, 12 de maio de 2018

Outside

Enquanto esteve fora
perdi as contas
de tudo que fiz
envolvendo você

Já contei todos os livros
da sua estante

Usei suas canetas
duas delas
para ser mais exata

Dancei uma valsa
sem música
com seu casaco

Escutei canções
imaginando
momentos românticos

E você,
ainda não chegou
percebi como as horas
d  e  m  o  r  a  m



Night Comes

When the night comes
I will always waiting
for you
to come back home

Normally
I wait in my bed
Because
You help me to
don't have any nightmare

Self Love

I'm tired to be treated like that. For me, it's ok if you kiss somebody else, but your ex-girlfriend? Again? I can't compete wit...