Enquanto estou sentada naquelas cadeiras tortas, frias e brancas do pátio, eu aguardo a sua chegada. Observo você muito alegre descendo as escadas, conversando com outras pessoas sobre coisas que nem imagino.
Seus braços cobertos até a metade pela blusa de frio, pois você sempre puxa para cima, diz que sente agonia de ter o braço todo coberto. Em sua pele, há tatuagens por toda parte, coloridas como a vida precisa ser.
Acho bonito o modo como sorri. Eu sempre digo que é diferente de mim, já que quando você abre o sorriso, seu rosto inteiro parece sentir aquele momento. Suas bochechas e suas sobrancelhas se levantam, e acho isso tudo muito interessante.
Gosto do modo como segura as minhas mãos, que estão sempre pálidas e frias como inverno. Fico muito feliz em todas as vezes que me elogia. E acredite, eu posso até receber elogios de outras pessoas, mas eu seu não é algo puro, como o seu. Sei que elas apenas desejam minha carcaça. E você, sempre me escolheu pelo o que sou por dentro.
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